A Ucrânia é palco de uma “grande guerra” provocada pela Rússia, segundo o Ministro da Defesa ucraniano, Valeriy Heletey. Ele afirma que o país vizinho teria iniciado uma ofensiva militar de “larga escala” na Ucrânia.
A declaração foi feita no dia 1º, dia em que as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controle sobre o aeroporto de Lugansk (leste da Ucrânia), ao se verem obrigadas a retirarem suas tropas do local – que, dizem, estava sob cerco de tropas russas.
“Uma grande guerra chegou a nossa casa, uma guerra jamais vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, as vidas perdidas em guerras como essa chegam não só a centenas, mas a milhares e até dezenas de milhares”, disse Heletey no Facebook.
Enquanto isso, a Rússia segue negando sua participação militar na Ucrânia e diz que não está enviando soldados para o país vizinho.
A última rodada de negociações para resolver a crise – realizadas em Minsk, capital da Belarus -, envolvendo membros do governo ucraniano e russo, além de líderes dos rebeldes separatistas, terminou sem que se chegasse a nenhum acordo.
Mais de 1 milhão de refugiados
O conflito na Ucrânia obrigou mais de um milhão de pessoas a abandonarem seus lares e se tornarem deslocados internos e refugiados. Os dados foram divulgados pelo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), no dia 2.A organização, no entanto, considera que o número real de deslocados “é muito maior”, pois muitas pessoas se alojam com parentes e amigos e não são registradas, ressaltou o porta-voz.
A maioria dos deslocados (94%) é composta por residentes do leste da Ucrânia e foi para áreas de Donestsk, Kharliv e Kiev.
Segundo as autoridades ucranianas, dois milhões de pessoas permanecem nas zonas em conflito.
A população que permanece nessas áreas tem um “acesso limitado” à água e outras necessidades básicas.
Com informações da “BBC” e “Terra”.