Experimentos realizados com macacos tem trazido esperança à comunidade científica que estuda a cura do ebola. Animais vacinados contra a doença desenvolveram imunidade de longo prazo.
Os experimentos, conduzidos pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, mostraram imunidade à doença de, pelo menos, dez meses. Vários tratamentos experimentais estão sendo usados para conter a propagação do vírus.
Nesta semana, testes da vacina começaram a ser conduzidos em humanos, nos Estados Unidos, e devem ser estendidos para o Reino Unido e África. Entre os tratamentos está uma vacina que utiliza um vírus de chimpanzé geneticamente modificado, contendo duas espécies do ebola-Zaire, o tipo viral circulando na África Ocidental, e de outras espécies comuns encontradas no Sudão.
O resultado esperado é que o sistema imunológico reaja ao componente de ebola e desenvolva imunidade ao vírus.
A OMS confirmou que os dados de segurança do tratamento experimental ficarão prontos em novembro deste ano. Se for comprovada a eficácia da vacina, será usada imediatamente na África Ocidental. A prioridade deve ser para os profissionais de saúde e funcionários que atuam na linha de frente do combate à doença.
Atualmente, cerca de 400 doses estão disponíveis, se um lote da vacina for o necessário para a imunização. No caso de ser preciso apenas pequenas quantidades, o estoque é de quatro mil.
A epidemia do vírus ebola já matou mais de 2 mil pessoas somente na África Ocidental.
Utilização de pessoas curadas
Na tentativa de acabar com a epidemia do ebola, a OMS passou a recomendar a adoção de tratamentos que envolvam o uso do sangue de pessoas curadas.O corpo humano consegue produzir os anticorpos necessários para combater uma infecção causada pelo ebola. Assim, em teoria, os anticorpos que já fizeram efeito em um sobrevivente da doença podem ser transferidos pelo sangue para um paciente doente, ajudando o sistema imunológico dele para resistir ao vírus.
As informações são da “BBC Brasil”.