A Merck & Co. conquistou o apoio dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), consultoria em saúde pública dos Estados Unidos, para acrescentar a vacina Gardasil, a primeira para a prevenção do câncer do colo do útero, à lista de vacinas recomendadas pelo governo federal para aplicação em pré-adolescentes.
De acordo com especialistas de mercado, o medicamento, que evita a contaminação pelo vírus HPV, deverá gerar US$ 3 bilhões em vendas anuais para a Merck.
Gardasil, primeira vacina especificamente criada para prevenção desse câncer, foi aprovada no início do mês de junho pelo Food and Drug Administration - FDA, órgão regulador para remédios e alimentos nos EUA. Indicada para garotas de 9 a 26 anos, ela protege contra diversos tipos do HPV, vírus que causa cânceres de colo do útero, da vulva, vaginal e também verrugas genitais. Ministrado em séries de três aplicações, a nova vacina custará, em média, US$ 360.
O estudo que desenvolveu a vacina contou com a participação de mais de 12 mil jovens de 13 países.
A vacina, de acordo com a Merck, previne 100% do chamado pré-câncer cervical e do câncer cervical não-invasivo, associados com o papiloma vírus (HPV) dos tipos 16 e 18.
Aproximadamente 200 milhões de homens e mulheres norte-americanos estão infectados com o HPV
O HPV tem sido identificado como a causa de câncer cervical, pré-câncer, lesões cervicais benignas e infecções genitais. O Câncer cervical, um dos de maior incidência entre mulheres, resulta em aproximadamente 290 mil mortes em todo o mundo, a cada ano.
Nos Estados Unidos um número estimado de 10.400 mil novos casos de câncer cervical foram diagnosticados em 2005. Estima-se que nos EUA 20 milhões de homens e mulheres estejam infectados com o HPV.