Equipes de emergência iniciaram na quarta-feira a queima controlada da gigantesca mancha de petróleo provocada pela explosão de uma plataforma no Golfo do México, diante da ameaça de o óleo chegar à costa da Louisiana. "É incendiada com uma pequena boia que se desloca pela mancha e a inflama. A queima ocorre satisfatoriamente", disse o oficial da Guarda Costeira Cory Mendenhall sobre a operação para paliar os efeitos do vazamento provocado pelo afundamento da plataforma petroleira diante da costa americana, na quinta-feira passada.
A decisão de atear fogo à maré negra foi adotada após a mancha chegar a cerca de 40 km dos pântanos de Louisiana, hábitat de diversas espécies.
Um executivo da petroleira BP concordou nesta quinta-feira com as estimativas do governo americano quanto ao vazamento de petróleo que criou uma maré negra no Golfo do México, que pode ser de mais de 5 mil barris/dia (800 mil l), muito mais que o previsto. Na véspera, a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México. "Descobriram um novo ponto de vazamento", assinalou o oficial Erik Swanson à AFP. Isto equivale a "5 mil barris diários".
Robôs
Especialistas utilizaram quatro robôs submarinos da companhia de petróleo britânica BP para conter o vazamento de combustível. A BP, que administra a plataforma, inicialmente havia informado não ter detectado vazamentos de petróleo, mas um robô submarino detectou no sábado dois buracos no conector que liga o poço à plataforma.
O porta-voz da BP, Ron Rybarczyk, afirmou que o vazamento, a 1.500 m de profundidade, está liberando 1.000 barris de petróleo por dia no oceano. "É um vazamento muito grave", advertiu o suboficial Erik Swanson, porta-voz da Guarda Costeira americana. Este vazamento, considerado um dos piores desastres já causados pelo homem, derramou quase 41 milhões de litros de petróleo no litoral do Alasca, devastando mais de 1.200 km de litoral.

